As Fiandeiras do Soajo ARCOS DE VALDEVEZ |
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Apresentação Desde 2013, motivada por eventos públicos e comemorações institucionais despojados de música ou cantares tradicionais, que comecei a reunir mulheres para que dessem essa nota mais festiva e original cantando uma ou duas cantigas mais emblemáticas. As primeiras apresentações foram a abertura das comemorações dos 500 Anos do Foral de Soajo e uma teatralização no âmbito dessas comemorações. Após estas atuações de um grupo de mulheres mais reduzido, e após contacto do Tiago Pereira da “Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” foram efetuadas algumas gravações a Soajo onde os cantares eram também mais espontâneos, onde, à semelhança do que faziam no dia a dia. a preocupação era, essencialmente, encontrar os 'estilos' (os ritmos), para não se enganarem em cada uma das cantigas. De resto, fluía consoante a inspiração. Paralelamente, procuramos recriar os antigos fiadeiros, na Casa do Povo, abertos a todos os que quisessem participar. Depois desta fase mais 'experimental', que foi contribuindo para a recolha de quadras, de 'estilos' (ritmos) de cantigas, de vozes e de interesses, surgiu um convite do Tiago Pereira, para encerrarmos o programa 'ciclo Portugal em vias de extinção' que decorreu no teatro D. Maria II, a 17 de Março de 2018. Ora, esse convite, que surgiu em Outubro, obrigou a que se definisse um grupo. O que aconteceu de forma natural, convidaram-se algumas pessoas e as que aceitaram são as que ainda hoje integram o grupo.
Apesar de ser bastante comum o uso da concertina pelos grupos que se vão formando, sempre se privilegiaram as vozes sem qualquer instrumento associado, porque era essa a memória que tinha de criança quando ouvia as mulheres a cantar na lavoura, durante os trabalhos, nos serões, nas tardes de verão sentadas à porta de suas casas... Ora em tons mais baixos, quando os cantares eram em casa ou locais fechados, ora em tons mais altos, nos cantares que aconteciam a céu aberto, durante os trabalhos. Pelo que, foi natural optar por formar um grupo só de vozes e com alguma teatralização (fiadeiro). Bastando para o efeito, ter os diferentes tipos de vozes - as que 'cantam por cima', por exemplo, que são as que atingem as notas mais altas, entrando, normalmente, depois das outras. Ou as que fazem os solos, que tendem a ser vozes mais baixas e limpas, que servem de base às outras durante o canto. A partir daí foi um trabalho conjunto de organização, estruturação e definição do material que havia, muito do qual tinha sido recolhido nos últimos anos, outro foi reaprendido com as reuniões que fomos tendo, muito graças ao contributo da Tia Ana - o elemento mais velho do grupo, com 92 anos. Ao fim de algumas semanas, com muitos ajustes pelo meio, conseguimos ter cerca um leque considerável de cantigas completas. A parti daí, o grupo começou a ensaiar com regularidade. Nota sobre fiadeiro: Os fiadeiros, à semelhança de outros trabalhos como as debulhadas das espigas, eram feitos nas casas, à noite. Servia para juntar as mulheres, amigas, familiares à volta do trabalho da lã, entre conversas e confidências femininas. Quando se aproximava a hora de terminar, os homens apareciam e ficavam à porta da casa onde se realizava o Fiadeiro. Acompanhados por uma concertina, cantavam para as mulheres, a pedir para entrar. E só depois de obterem resposta delas é que entravam. Depois disso, dançavam e cantavam. O tom dos cantares do fiadeiro é mais baixo. Enquanto se fiava, muitos carpiavam a lã e outras faziam meias ou outras peças. Sandra Barreira Música(s) Cantigas do “fiadeiro” Sarão 1. Estou à porta do sarão C’um pé dentro outro fora Se é cedo mandai-me entrar Se é tarde mandai-me embora 2. Entrai olhinhos, entrai Por este sarão adentro Reparai olhai se vides Quem trazeis no pensamento 3. Fiadeiras que fiais O linho à minha sogra Fiai-o bem fiadinho Que vai passar vila nova 4. Quem me dera ser o linho Que vós na roca fiais Quem me dera tantos beijos Como vós no linho dais 5. Estou à porta do sarão Com um feichinho de lenha Estou à espera de uma fala Que da vossa boca venha Birolé 1. Tenho dentro do meu peito birolé olé Dois moinhos a moer birolé olé olé olé 2.Um anda outro desanda birolé olé Assim é o bem querer birolé olé olé olé 3. Tenho dentro do meu peito birolé olé Duas espinhinhas de peixe birolé olé olé olé 4. Uma diz-me que te ame birolé olé Outra diz-me que te deixe birolé olé olé olé 5. Tenho dentro do meu peito birolé olé Uma laranja partida birolé olé olé olé 6. Para dar ao meu amor birolé olé Q’anda de beiça caída birolé olé olé olé 7. Tenho dentro do meu peito birolé olé Um copinho de água ardente birolé olé olé olé 8. Para dar à minha sogra birolé olé Que está na cama doente birolé olé olé olé Linda Morena Meu Amor anda-me ver, linda morena A Soajo que é tão lindo, linda morena, morena linda ó ai Um dia cada semana, linda morena Uma vez cada domingo, linda morena, morena linda ó ai Ó meu amor não me deixes, linda morena Que eu sem ti não sei viver, linda morena, morena linda ó ai As cartas não valem nada, linda morena Para mim que não sei ler, linda morena, morena linda, ó ai Ó meu amor não me mates, linda morena Deixa-me que eu morrerei, linda morena, morena linda ó ai Só me quero confessar, linda morena D’uma fala que te dei, linda morena, morena linda ó ai Ó meu amor se tu fores, linda morena Leva-me podendo ser, linda morena, morena linda ó ai Eu quero ir acabar, linda morena Onde tu fores morrer, linda morena, morena linda ó ai Ficha técnica da gravação Coordenação: Sónia Barreira Elementos: Ana Domingues Gomes, Custódia Gonçalves, Emília Neto, Fátima Enes, Maria de Fátima Fernandes, Maria Gomes Moreira, Maria Luísa Sousa Gomes, Maria Carvalho, Deolinda Fidalgo, Teresa Cerqueira, Teresa Fernandes e Rosa Alves. Local de Gravação: Casa do Povo de Soajo Data da Gravação: 2 de Junho de 2019 |
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Grupo Coral de Argela CAMINHA |
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A atividade do grupo resume-se essencialmente à amenização das cerimónias religiosas que decorrem ao longo do ano na paróquia de Santa Marinha de Argela. O recurso à polifonia tradicional faz-se mais no sentido de não permitir que as mesmas se percam no esquecimento. Assim, A Canção ao Menino é cantada aquando da época natalícia (desde o dia de Natal até ao dia de Reis). A canção de São João, como outras que se foram perdendo ao longo dos anos, era de caracter mais festivo e aleatório, não tendo uma data fixa ou comemoração a ela associada. De notar que todas as polifonias recolhidas em Argela têm carácter religioso em ambiente secular. Paulo Rodrigues Música(s) Canção ao Menino 1. Vinde meu rico menino Vinde não Vos detenhais Minh’alma por Vós suspira Já não pode esperar mais. 2. Em plena noite gelada Nasceu Infante Jesus Numa gruta abandonada Sem lar, sem fogo e sem luz. 3. Ó Infante suavíssimo Ó meu amado Jesus Vinde alumiar minh’alma Vinde dar ao Mundo a luz. 4. Do varão nasceu a vara Da vara nasceu a flor Da flor nasceu Maria De Maria o Redentor. 5. Pastorinhos do deserto Correi todos a Belém Adorar o Deus Menino Nos braços da Virgem Mãe. 6. Entrai pastores entrai Por esses portões a dentro Adorar o Deus Menino E Seu Santo nascimento. 7. Partiram os três Reis Magos Da parte do Oriente Ofereceram ouro, incenso e mirra A Deus omnipotente. S. João I. São João p’ra ver as moças Fez uma fonte de prata Refrão: Viva olé, olé, olé. II. As moças não vão à fonte São João todo se mata III. São João era bom santo Se não fosse tão gaiato IV. Ia co’as moças à fonte Levava duas e trazia quatro V. São João adormeceu Nas escadinhas do coro VI. As freiras deram com ele Depenicaram-no todo VII. São Pedro era careca Pediu ao Senhor cabelo VIII. O Senhor lhe respondeu: “P’ra que queres cabelo Pedro?” Ficha técnica da gravação Elementos: Paulo Rodrigues; Graça Gomes; Maria dos Prazeres Pereira; Diana Fernandes; Clarisse Simões; Sandra das Dores; Susana Fernandes e Filipa Azevedo Dinamização: Paulo Rodrigues Local de Gravação: Igreja Paroquial de Santa Minha de Argela Data da Gravação: 23 de Março de 2019 |
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Grupo Coral de Parada do Monte MELGAÇO |
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--Em atualização-- Música(s) A Condessa A. Ó Condessa, Condessinha, Condessa de Aragão Venho-te pedir a filha, Das mais lindas que elas são. B. Não te dou a minha filha Nem por ouro nem por prata Nem por sangue de lagarta, Que me custou a criá-la. A. Oh! Que tão contente eu vinha Tão triste me vim achar. Pedir a filha à Condessa Condessa não ma quis dar. B. Volta atrás, ó cavalheiro Por seres homem de bem. Eu te darei minha filha Se tu ma tratares bem. A. Estimo-ta bem, como bem, Sentada numa almofada Enfiando contas dóiro – Salta pra cá minha amada. Nota interpretativa: O “A” e “B” correspondem a personagem de uma história: o pretendente e a mãe da sua amada. O pretendente interpretado pelos Tenores e Baixos e a mãe da amada pelos Sopranos e Contraltos. Para enfatizar esta relação, a primeira vez que se canta o “A” os Sopranos e Contraltos acompanham com o vocábulo “Uh”, e na repetição dessa mesma parte cantam com o texto. Na parte “B” os Tenores e Baixos cantam em “Uh” a primeira vez e com o texto na respetiva repetição. Deve ter-se em atenção a dinâmica, diferenciando o acompanhamento das melodias principais. A. La la la la la... B. Meus meninos e meninas, Vós não vistes meus amores? C. Ó velha, ó boa velha Na feira dos mercadores B. Meus meninos e meninas, Vós que lhe vistes mercar? C. Ó velha, ó boa velha, Uma faca e um punhal! A. La la la la la... B. Meus meninos e meninas, Vós a quem lha vistes dar? C. Ó velha, ó boa velha Diz qu’era p´ra te matar. B. À sombra do laranjal, Me deixareis descansar. C. Ó velha, ó boa velha, Já te podes levantar. A. La la la la la... B. Meus meninos e meninas, A quem me hei-de abraçar? C. Ó velha, ó boa velha A quem a ti te agradar. D. Um abraço não é nada, dois a conta certa, Ora achega, achega, ora aperta, aperta. Ora aperta, aperta, mas bem apertado, Na felor da rosa, Na raiz do cravo. Ficha técnica da gravação Elementos: Sopranos Paula Alexandra Esteves Afonso, Armanda Leopoldina Domingues, Sandra Daniela Pires Esteves, Rosa Fernanda Esteves, Emília dos Anjos Domingues, Leonor Esteves e Maria da Ascenção Pereira Contraltos Laura Esteves Afonso, Rosa Afonso, Rosa da Luz Esteves Afonso, Mariana Esteves Afonso, Arminda Domingues e Maria Armanda Pires Tenores Eduardo Afonso, Carlos Braz Afonso e Luís Miguel da Silva Baixos Joel Esteves Direção musical: Joel Esteves Local de Gravação: Salão Paroquial de Parada do Monte Data da Gravação: 16 de Fevereiro de 2020 |
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Grupo folclórico Lavradeiras de S. Pedro de Merufe MONÇÃO |
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Das rurais e típicas características dos seus habitantes, do grande bairrismo dos seus habitantes, da profundidade, riqueza e divulgação do seu vasto e valioso património, quer edificado, quer natural, quer cultural, nasceu o ex-libris da terra, verdadeiro embaixador da sua cultura – O grupo Folclórico das Lavradeiras De São Pedro de Merufe. Desde da sua criação, em 1972, aquando do cortejo etnográfico em Monção, ininterruptamente, o grupo tem sido um grande dinamizador dos acontecimentos culturais do concelho, salientando-se a organização anual do seu festival Internacional de Folclore. Não deixa de constituir valor acrescentado para a sua grandeza, o “Cenário” , monumental e pomposo que o secular Mosteiro e a magnífica sede da junta conferem ao acontecimento. O Grupo das lavradeiras de Merufe é membro efectivo da federação de folclore Português, sendo seu sócio fundador, tendo sido galardoado pela Câmara Municipal com a medalha de mérito Cultural. As cantigas a capella foram recolhidas aquando da fundação do grupo (1972), junto de idosos da freguesia com idade entre os 65 e 80 anos. O grupo é composto por cerca de 40 elementos, sendo 80% residentes na freguesia de Merufe e com idade inferior a 40 anos. Elisa Alves Música(s) Ó Luar da meia noite 1. Ó luar da meia noite Alumeia cá pra baixo Eu perdi o meu amor Às escuras não o acho Olaiolarilolela 2. Ó luar da meia noite Não sejas meu inimigo Estou à porta do amor Não posso entrar contigo Olaiolariololela 3. Ó lua vai-te deitar Ao quarto do meu amado Dá-lhe um beijinho por mim Se ele estiver acordado Olaiolarilolela 4. Dá-me uma pinguinha d´agua Nem que seja da janela Dá-me pela tua boca Que eu não tenho nojo dela Olaiolarilolela Ficha técnica da gravação Coordenação: Elisa Alves Elementos: Elementos do Grupo Folclórico das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe Local de Gravação: Salão museu da sede da Junta de freguesia de Merufe Data da Gravação: 20 de Outubro de 2019 |
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Coro da Universidade Sénior de Paredes de Coura PAREDES DE COURA |
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Em novembro de 2016, a convite da Escola Profissional do Alto Minho Interior - EPRAMI, na pessoa da Dr. Alexandra Marinheiro, foi endereçado o convite ao Sr. Sérgio Manuel da Gama Nogueira de fundar e dinamizar um Grupo de Cantares Tradicionais para alargar a oferta formativa da Universidade Sénior de Paredes de Coura. A resposta ao repto foi aceite, tendo sido de imediato estabelecidos alguns contactos e abertas as inscrições a elementos com idades compreendidas entre os 60 e 90 anos. Os encontros iniciaram-se nesse mesmo mês, com 12 elementos e o entusiasmo dos elementos foi tal, que o Coro da Universidade Sénior de Paredes de Coura tem vindo sempre a aumentar o número dos seus participantes efetivos, 34 atualmente, sendo por vezes convidados alguns instrumentistas para os acompanhar nas apresentações públicas. O repertório foi sendo engrandecido com recurso ao Cancioneiro Popular Português e sugestões dos elementos, sem nunca esquecer as quadras festivas tradicionais como o Natal, as Janeiras, o S. João, o S. Martinho e outras. Inicialmente procurou trabalhar-se o material em uníssono, com as polifonias tradicionais a surgirem ensaio após em ensaio. Sérgio NogueiraMúsica(s) O Linho Elas: 1. O linho vai acabando Na derradeira manada Rapazes do riba d’oiro Vinde dar a camisada Vinde dar a camisada Vinde dar a camisada O linho vai acabando Na derradeira manada Refrão: Ó linho, ó linho Que lindo destino tens para nos dar Amor e caminho, belezas do Minho Toalhas de altar. Eles: 2. Quem me dera ser o linho Que vós na roca fiais Quem me dera tantos beijos Como vós ao linho dais Como vós ao linho dais Como vós ao linho dais Quem me dera ser o linho Que vós na roca fiais Refrão Elas: 3. Este linho é mourisco E a fita dele namora Quem daqui não tem amores Pega o chapéu vá-se embora Pega o chapéu vá-se embora Pega o chapéu vá-se embora Este linho é mourisco E a fita dele namora Refrão Eles: 4. Mondareiras lá de baixo Mondai o meu linho bem Não olheis para o portelo Que a merenda logo vem Que a merenda logo vem Que a merenda logo vem Mondareiras lá de baixo Mondai o meu linho bem Refrão Nota: na segunda parte da canção há uma apropriação da letra de uma canção popular, intitulada “Este linho é mourisco”, recolhida por Gonçalo Sampaio (1890-1925), in “Cancioneiro Popular Português”, de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 139. Sapateiro Mandrião Vai trabalhar, sapateiro mandrião, Vai trabalhar. [ Ganhar dinheiro, sapateiro mandrião, P’ra mulher gastar.] (2x) Não há, não há, ai ai ai Nem pode haver, ai ai ai Tanto dinheiro pr’aquela mulher manter (2x) Vai trabalhar, sapateiro mandrião, Vai pr’a burralha. [ Ganhar dinheiro, sapateiro mandrião, P’ra tua canhalha.] (2x) Não há, não há, ai ai ai Nem pode haver, ai ai ai Tantos filhinhos pr’aquela mulher manter (2x) Vai trabalhar, sapateiro mandrião, Vai pró minério. [ Ganhar dinheiro, sapateiro mandrião, Que o caso está sério.] (2x) Não há, não há, ai ai ai Nem pode haver, ai ai ai Tanto dinheiro pr’aquela mulher manter (2x) Ficha técnica da gravação Elementos: Sérgio Nogueira, Fortunato Barbosa, António Oliveira, Francisco Sousa, Manuel Humberto, José Pereira, José Silva, Júlio Montenegro, Manuel Barbosa, Manuel Braga, Manuel Pádua, Olímpio Caldas, Adília Castro, Alice Cunha, Almira Barbosa, Ana Mendes, Armanda Almeida, Augusta Oliveira, Conceição Pereira, Conceição Alves, Felisbela Cunha, Fernanda Ribas, Madalena Silva, Manuela Silva, Maria Costa, Maria José, Maria da Luz, Maria Rosa, Rosa Ramos e Prazeres Nogueira Dinamizador: Sérgio Nogueira Local de Gravação: Museu Regional de Paredes de Coura Data da Gravação: 6 de Abril de 2019 |
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Cantadeiras de Bravães PONTE DA BARCA |
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--Em atualização-- Música(s) De onde vens ó mariquinhas? D'onde vens ó mariquinhas Toda cheia de chieira?Venho da ribeira nova Vestida à lavradeira D’onde vens ó mariquinha Toda cheia de calor? Venho da ribeira nova De falar ao meu amor. De falar ao meu amor De falar a quem eu queria Venho da ribeira nova E vou para a romaria D'onde vens ó mariquinhas Tu vens da ribeira nova Estou a chegar de Bravães Vestida à nossa moda. Rosa Maria 1. Antigamente eu ouvir Alegremente a cantar Ouvia a Rosa Maria À minha porta a passar Refrão: Rosa Maria tão linda assim Ai quem me dera prender-te a mim Rosa Maria botão em flor Ai quem me dera ser o teu amor (2x) 2. Minha mãe chama-se Rosa Sou filha de uma roseira Nunca pensei de ser filha De uma mãe que tão bem cheira Refrão 3. Rosa que estás na roseira Deixa-te estar em botão Deixa-te estar fechadinha Que lá te procurarão Refrão 4. O meu amor é tão lindo Jesus quem me agrada tanto? Hei de por um pé em Roma Pedi-lo ao padre Santo Refrão Ficha técnica da gravação Elementos: Maria José Cardoso; Fátima Carneiro; Maria José Rodrigues; Maria do Carmo Cunha; Rosa Moreira; Maria de Lurdes Gomes; Maria do Carmo Veloso; Maria do; Céu Araújo; Maria Celeste Silva; Sandra Barros; Virgínia Gomes; Casimira Abreu; Fernanda Silva e Lúcia Cardoso. Local de Gravação: Igreja de São Salvador - Mosteiro de Bravães Data da Gravação: 15 de Setembro de 2019 |
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Orfeão Limiano PONTE DE LIMA |
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O Orfeão Limiano, uma das valências do Instituto Limiano-Museu dos Terceiros (ao lado da arqueologia, da arte sacra e do ensino da música instrumental religiosa), foi fundado em 1979, por orientação do então Cónego Carlos Martins Pinheiro, e fez a sua estreia em 19 de maio do mesmo ano no Teatro Diogo Bernardes, na vila de Ponte de Lima, sob a batuta do Cónego Doutor António de Oliveira Fernandes, Diretor Artístico do Orfeão desde a sua fundação até ao ano 2009. O Orfeão Limiano é um grupo coral composto, na atualidade, por cinco dezenas de coralistas, de várias idades, distribuídas por quatro vozes mistas. Este orfeão tem vindo a executar, desde a sua fundação, um vasto repertório constituído por música profana e religiosa, tanto aquém como além-fronteiras. Depois de alguns anos de inactividade, o Orfeão Limiano, por iniciativa da Direção do Instituto Limiano-Museu dos Terceiros, foi reactivado. Para seu Diretor Artístico foi convidado o Prof. Nuno Tiago Fernandes Pereira Lima que, desde Dezembro de 2013, tem realizado um perseverante trabalho de reativação do Orfeão Limiano. João Maria Carvalho Música(s) Vira do Minho Meninas, vamos ao vira Ai, que o vira é coisa boa! Eu já vi dançar o vira Ai, às meninas de Lisboa! Ó vira, que vira, ó vira, virou. As voltas do vira sou eu quem as dou. Meninas, vamos ao vira Ai, que o vira é coisa linda! Eu já vi dançar o vira Ai, às meninas de Coimbra! Ó vira, que vira, ó vira, virou. As voltas do vira sou eu quem as dou. Nota: Canção Popular Minhota (in “Cancioneiro Minhoto”, de Gonçalo Sampaio, 1940) Ficha técnica da gravação Elementos: Sopranos Lourdes Brito, Sameiro Correia, Beatriz Patrocínio, Irene Morais, Conceição Silva, Conceição Lourenço, Fernanda Costa, Prazeres Saraiva, Inês Cruz, Glória Gonçalves, Engrácia Lima, Laura Carvalheira, Rosa Lima, Alice Silva, Isabel Leite, Maria Magalhães, Joana Moreira, Generosa Ligeiro e Leonor Morais. Altos Judite Caldas, Sílvia Osório, Marta Viana, Fátima Leal, Rosa Pereira, Glória Vieira, Glória Gonçalves, Inês Norberto, Clotilde Barros, Fernanda Barros, Maria Pires e Francisca Martins. Tenores José Costa, Pe. Manuel Almeida, Bruno Martinho, Eugénio Brito, José Souto, Manuel Pereira, António Magalhães, José Saraiva e António Laranjo. Baixos Rui Cerqueira, Alberto Osório, Luís Grego, José Salvador, Ramiro Silva, João Venâncio, Sérgio Araújo, Lucas Brito, José Brito, José Pereira, Acácio Morais e Tiago Carvalheira. Direção musical: Nuno Lima Local de Gravação: Coro Alto - Igreja de Santo António dos Frades - Museu dos Terceiros – Ponte de Lima Data da Gravação: 9 de Fevereiro de 2019 |
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Quatro Ventos/Coro das Oito PONTE DE LIMA |
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A primeira actuação pública do Grupo Quatro Ventos aconteceu a 14 de Junho de 1986 no Instituto Limiano-Museu dos Terceiros, aquando dos festejos de Sto António. O grupo gravou o seu primeiro trabalho, em cassete, em 1990, no qual, entre outros temas, se destacou, pela sua tipicidade, o Pinto de Cabaços, música que mereceu especial agrado por parte do público. Gravou mais dois trabalhos intitulados “Ecos do Campo” e “Raízes do Povo”, em 1991 e 1993, vindo a suspender a sua actividade nos finais de 1995. O Quatro Ventos voltou a sentir o sabor do palco a 22 de Julho de 2007, acedendo assim ao convite da comissão de festas de Nª Sª da Boa Morte, da freguesia da Correlhã e prosseguindo no esforço pela preservação da música tradicional, o Grupo Quatro Ventos apresentou no dia 7 de Maio de 2010 mais um trabalho discográfico, intitulado “ComTradição”, com apresentação pública deste trabalho no teatro Diogo Bernardes, com a participação especial do Coro das Oito. O Quatro Ventos celebrou no ano de 2011 as suas bodas de prata. Para assinalar a efeméride foi editado um DVD no qual é contada, em síntese, a historia de 25 anos de cantigas. Corria o ano de 2017 e o grupo viveu um dos momentos mais marcantes da sua existência. Numa parceria musical com a Banda de Musica de Ponte de Lima o Quatro Ventos apresentou-se no teatro Diogo Bernardes num espectaculo conjunto com a Banda de Musica no qual foram apresentadas algumas das cantigas do grupo com arranjos para banda filarmónica. O Quatro ventos e o Coro das Oito caminharam sempre lado a lado, devendo-se isso ao facto de vários elementos serem comuns aos dois agrupamentos musicais, daí terem gravado em conjunto estas cantigas a capella, para o projeto Polifonias do Alto Minho, com arranjos simples de vozes. Tendo eu nascido e crescido numa casa de lavoura, procurei ser o mais fiel possível ao que ouvia na minha adolescência nas sachadas, nas sementeiras, nas cortadas de centeio ou nos trabalhos do linho. Recordo da casa dos meus pais algumas espadeladas onde as mulheres, de saiote vermelho cantavam o Sª João, a Coradinha ou Ó Tim Tim dar e dar. Gaspar Lima Música(s) Ó tim tim dar e dar 1. A água do Rio Lima ó tim tim dar e dar Passa por baixo da ponte Refrão: ó tim tim dar e dar e ó tim tim dar e dar e ó. 2. Por causa das raparigas ó tim tim dar e dar Muito calçado se rompe Refrão 3. A água do Rio Lima ó tim tim dar e dar Foge que desaparece Refrão 4. Quem eu quero não me quer ó tim tim dar e dar Quem me quer não mo merece Refrão 5. Adeus que me vou embora ó tim tim dar e dar Adeus que me embora vou Refrão 6. Vou me embora porque eu quero ó tim tim dar e dar Que a mim ninguem me mandou Refrão Coradinha 1. Fostes dizer ao meu pai Que eu andava coradinha Refrão: Ó coradinha olá, olé Olá, olé, Ó coradinha (2x) 2. Ai os anjos do céu me levem Ai se essa cor não era a minha Refrão 3. Fostes dizer mal de mim Mal de mim ao meu amor Refrão 4. Ai eu não sou como a figueira Que dá fruto sem flor Refrão Ficha técnica da gravação Elementos: Sopranos Angela Cerqueira; Arminda Sousa; Engracia Lima; Francisca Pereira; Nair Lima e Nazaré Gonçalves Contraltos Maria Lima; Rosa Cerqueira e Teresa Lima Tenores Carlos Fiuza; Paulo Cerqueira e Rui Cerqueira Baixos Lucas Cerqueira e Gaspar Lima Direção musical: Gaspar Lima Local de Gravação: Coro Alto - Igreja de Santo António dos Frades - Museu dos Terceiros – Ponte de Lima Data da Gravação: 12 de Maio de 2019 |
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Cantadeiras de Vitorino de Piães PONTE DE LIMA |
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Apresentação --Em atualização-- Maria Faria Música(s) A silva pica A silva pica A rosa cheira Viradinha ao norte meu amor Leva a bandeira Leva a bandeira Leva o cordão Viradinha ao norte meu amor Do coração Ficha técnica Elementos: Primeira Maria Sameiro Bandeira (solista) Maria Faria da Silva Maria Noémia da Guia Conceição Segunda Maria José da Guia Conceição Teresa da Guia Carvalho Francelina Rocha Maria Irene Faria da Silva Local de Gravação: Sede da Associação Grupo Santo André de Vitorino de Piães Data da Gravação: 28 de Abril de 2019 |
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Cantadeiras do Vale do Neiva VIANA DO CASTELO |
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É formada por um grupo de 22 pessoas e fundada em Dezembro de 1982 na Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo Propõe-se promover atividades de recolha pelas terras do Vale do Neiva, a sua conservação e divulgação pelos meios mais adequados, a gravação e difusão dos cantares, dos ditos e lengalengas, usos e costumes. Canta à cappella a três e a quatro vozes com particular realce para a requinta e a voz de fora, o descante ou o grito. Apresenta também alguns momentos de etnografia. O seu trabalho é apresentado da mesma forma que foi recolhido junto das gentes das Terras do Neiva. António Bouças Música(s) O comboio em Viana O comboio em biana, corre n’areia, corre n’areia Ao romper da madrugada, cant’a sereia, cant’a sereia Cant’a seria, torn’a cantar, Cant’a sereia, à beira mar. O pai do ladrão 1. O pai do ladrão, Era tamanqueiro (2x) Fazia soquinhos O terrim tim tim de pau d’amieiro (2x com palmas) Refrão: Abaixo, acima, joelho no chão (2x) (com o movimento) Quem venceu a guerra O terrim tim tim o pai do ladrão (2x com palmas) 2. O pai do ladrão É muito bom home (2x) Quando vai à missa O terrim tim tim se há-de rezar come (2x com palmas) Refrão Ficha técnica da gravação Coordenação: António Bouças Elementos: Maria Lassalete Gonçalves; Josefina Fernanda Bouças; António Bouças; Maria do; Céu Dias; Maria Gorete Dias; Ilídio Rego; Josefa Castro; Francisco Castro; Engrácia Lima; Maria Benvinda Barros; Maria Isabel Miranda; Maria Fernanda Cunha; Felisberto Teixeira; Maria Ester Ferreira; Alexandre Correia; Agostinha Pereira e Rita Pereira Local de Gravação: Casa da Presidente Lassalete Gonçalves – Vila de Punhe Data da Gravação: 13 de Abril de 2019 |
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Coro Polifónico de Vila Nova de Cerveira VILA NOVA DE CERVEIRA |
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O Coral Polifónico de Vila Nova de Cerveira, com mais de três décadas de existência, muito tem contribuído para a divulgação da música coral e para a promoção do concelho em numerosas localidades de Portugal e Espanha. O vastíssimo repertório deste grupo, constituído por 28 vozes mistas, é composto por músicas que vão desde o erudito a habaneras; de palacianas ao pop rock; destacando-se também a música tradicional portuguesa. Como diretores artísticos passaram pelo Coral Polifónico o professor Euclides Rodrigues; professora Lúcia Picas; professora Milagro Fandiño e, atualmente, é coordenado e dirigido pela professora Cíntia Pereira, desde Fevereiro de 2005. Cíntia Pereira Música(s) Videirinha Chora videirinha Chora, chora, chora. (2x) Chora videirinha Que me vou embora. (2x) Que me vou embora E não torna a vir. (2x) Chora videirinha Por me veres partir. (2x) Por me veres partir Videirinha chora, chora. Ficha técnica da gravação Elementos: Sopranos Amabélia Barroso; Ana Paula Serra; Fátima Santos; Fernanda Barroso; Ilda Vilarinho; Maria de Fátima Fraga e Olímpia Barroso. Contraltos Ana Cunha; Dalila Malheiro; Firmina Fernandes; Hipoménia Cunha; Isabel Rodrigues; Julieta Leal e Odete Alves. Tenores Fernando Dantas; Manuel Carlos Barros; Manuel Costa e Manuel Malheiro. Baixos António Jorge Cunha; Joaquim Cunha; Joaquim Guerreiro; Jorge Cunha e Manuel Esmeriz. Direção musical: Cíntia Pereira Local de Gravação: Auditório do Fórum cultural de Cerveira Data da Gravação: 13 de Abril de 2019 |
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Coro Infanto-Juvenil de Vila Nova de Cerveira VILA NOVA DE CERVEIRA |
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Criado em março de 2013, pela professora Cíntia Pereira com o intuito de fomentar o gosto pela música, sobretudo, pela música coral/vocal em crianças e jovens da comunidade cerveirense, este coro conta já com inúmeras participações e organização de eventos quer em Portugal, quer na vizinha Galiza. De igual destaque a participação nos programas televisivos “A Praça” e “Férias Cá Dentro”, ambos na RTP1, em julho de 2018 e em setembro de 2019, respetivamente. O seu repertório é muito vasto e eclético, fazendo parte dele música clássica; pop e rock até música tradicional portuguesa, sempre interpretado a 3/4 vozes, umas vezes a capella outras vezes com acompanhamento instrumental. Cíntia Pereira Música(s) Rosa de Alexandria Ó Rosa, ó linda rosa, Ó rosa de Alexandria! Eras a mais linda rosa Que andaba na romaria. Ó rosa, ó linda rosa, Ó rosa do roseiral! Eras a mais linda rosa Que andaba no arraial. Ó Rosa, ó linda rosa, Ó rosa de linda cor! Eras a mais linda rosa Que lá'staba, meu amor. Ó Rosa, ó linda rosa, Ó linda rosa encantada! Tu és mais linda rosa Por estas terras criada. Nota: Canção Popular Minhota (in “Cancioneiro Minhoto”, de Gonçalo Sampaio, 1940) Ficha técnica da gravação Elementos: Ana Passos; Flávia Marrocos; Inês Cunha; Inês Gomes; Joana Rodrigues; Lourenço Fernandes; Mariana Gonçalves; Martim Cunha e Rita Venade. Direção musical: Cíntia Pereira Local de Gravação: Auditório do Fórum cultural de Cerveira Data da Gravação: 13 de Abril de 2019 |